Cadu vai rescindir contrato com o Colorado

Por JM / Foto: José Alves

Mesmo com o contrato firmado até o fim do Campeonato Mineiro de 2012, o atacante Cadu deve rescindir o vínculo com o USC. O anúncio oficial deve ser feito nas próximas horas. A decisão foi tomada em comum acordo entre o atleta e o departamento de Futebol do Colorado.

Nesta temporada, em oito jogos oficiais, Cadu marcou seis gols pelo Uberaba Sport. Mesmo com os bons números, o próprio atleta manifestou o desejo de sair. “Não tenho mais clima para permanecer no Uberaba. Dei algumas declarações que tinham como intuito melhorar o clube. Porém, alguns diretores do clube não gostaram do que eu disse”, contou o atacante, referindo-se à entrevista concedida à Rádio JM, no dia 11 de abril, quando criticou o trabalho dos fisioterapeutas Juninho Alencar e Gustavo Piau, além de revelar que realizou tratamento com o massagista Gaspar, que trabalha no Nacional, para se recuperar de uma contusão na coxa.

Cadu fez questão de agradecer ao departamento de Futebol. “Sou muito grato ao Ernani [Nogueira, diretor de Futebol] e ao Marcelo [Araxá, gerente de Futebol]. No USC, eles foram como um pai para mim”, revelou o atacante.

Segundo o diretor de Futebol Ernani Nogueira, Cadu é o jogador que mais se valorizou do elenco, após as disputas do Campeonato Mineiro e da Copa do Brasil. O jogador recebeu vários convites para deixar o Colorado.

Se optar por permanecer em Minas Gerais, Cadu poderá atuar no Tupi, de Juiz de Fora, ou Villa Nova, de Nova Lima, que já demonstraram interesse em contratá-lo. “Não gosto de citar nomes. Mas tenho proposta de duas equipes de Minas e também de times das Séries B e C do Campeonato Brasileiro”, revelou o atacante para a reportagem do Jornal da Manhã.

Fisioterapeuta do USC critica atitude do atacante

Logo após a entrevista concedida pelo atacante Cadu, a reportagem do Jornal da Manhã entrou em contato com o fisioterapeuta Juninho Alencar, que ao lado de Gustavo Piau, é responsável pela clínica que atende os jogadores lesionados do Uberaba Sport.

Surpreso com a atitude do jogador, Alencar preferiu não polemizar, mas foi claro ao afirmar que nunca havia tido problema ou questionamentos semelhantes. “Realizamos esse trabalho há quatro anos e nunca tivemos problema com ninguém, mas agora estamos tendo com esse indivíduo”, disse, afirmando que vários atletas que já atuaram pelo clube ainda frequentam a clínica pelo fato de já terem se recuperado no local. “Ele (Cadu) foi um cara que não fez o que pedimos e, por isso, está machucado há mais de cinco meses. Em uma semana, ele esteve aqui três vezes e nunca mais voltou”, completou Alencar.

Em relação ao caso de Ewerton Maradona, que Cadu diz “não entender” como a lesão demora tanto a desaparecer, o fisioterapeuta foi direto. “Primeiro que ele não é capacitado para falar sobre o caso. Afinal, ele é jogador. Trabalhamos em conjunto com os médicos do USC, mas o problema é que alguns atletas voltaram a treinar sem o aval do departamento médico. Fazemos o trabalho bem feito. O detalhe é que ele (Cadu) quer causar polêmica, pois o time está mal e ele também. Quando joguei no USC, não havia todo esse aparato, as dificuldades eram muitas, sendo que nunca houve trabalho de fisioterapia como agora. Acredito que é um problema isolado que deveria ser resolvido internamente”, reforçou, ressaltando que os zagueiros Max e Rodrigo Antonelli se recuperam na clínica.

Cadu solta o verbo e mostra a realidade alvirrubra

Por JM / Foto: Enerson Cleiton

Um dia após ser goleado pelo Ipatinga e dar adeus às esperanças de se classificar para o Campeonato Brasileiro da Série D, os atacantes do Uberaba Sport, Cadu e Marcinho, conforme combinado antes da partida, participaram do Programa JM Esportes – 1º Tempo, da Rádio JM. O ponto alto da participação foi o desabafo do vice-artilheiro Cadu, em razão das fortes críticas que alguns torcedores vêm fazendo em relação à dificuldade de recuperação física dos atletas. Além disso, ele aproveitou para apontar falhas estruturais no clube.

Chateado com uma entrevista veiculada na Coluna JM Futebol Clube, dos jornalistas Gullit Pacciele e Túlio Michelli, quando um profissional do Departamento Médico do USC afirmou que vários jogadores não se recuperam porque não levam uma vida regrada de atletas, Cadu soltou o verbo, literalmente. “Várias pessoas criticam, acham que os jogadores estão fazendo corpo mole e isso não existe. Na final da Taça Minas, por exemplo, eu queria muito jogar e fui me tratar em outra clínica, que hoje atende o clube e não recupera ninguém. A verdade é essa, mas muito se tampa. Deram uma entrevista dizendo que não temos vida regrada. Mas a verdade não é essa. Todo mundo sabe que algumas lesões que levariam dez dias de recuperação em outro clube, aqui demoram mais”, disse completando: “Ninguém sabe, mas no ano passado, eu fui pedir ajuda de outro profissional, o Gaspar (massagista do Nacional). Para o torcedor pode ser ruim saber disso, mas ele (Gaspar) conseguiu me colocar para jogar, juntamente com o Ricardinho (massagista do USC). Se ele conseguiu isso, alguma falha existe no DP do USC”.

Além de revelar que realizou tratamento no maior rival do USC, o atacante foi claro ao afirmar que o pagamento foi feito com seu próprio dinheiro. “Eu queria jogar, tinha que fazer alguma coisa. O que vale é eu poder jogar, ajudar. O doutor Constantino é excelente, ele pega os resultados de exames, e manda os jogadores para realizar o tratamento, mas eu não estou vendo essa recuperação. Por isso, sempre busco recursos onde possam me tratar”, revelou.

Críticas e ajuda. Em relação às fortes críticas recebidas, segundo ele, principalmente por parte de empresários, Cadu foi direto. “Criticar todos criticam, mas para ajudar são poucos. Onde estão os empresários que tanto falam e pouco ajudam? Falta mais apoio por parte da cidade. A prefeitura não ajuda. Aqui (em Uberaba) é o único lugar em que vejo isso. Depois, é muito fácil chegar na segunda-feira, após os jogos, e colocar toda a culpa pelas derrotas nos atletas”, disparou, referindo-se também ao episódio no qual alguns torcedores criticaram o fato dos atletas saírem para aproveitar a noite na cidade. “Somos seres humanos. Temos folga, queremos sair, passear, namorar, fazer churrasco. Mas na hora que chego ao campo, eu corro e nunca ninguém vai dizer que fiz corpo mole. Se estou jogando, algumas vezes lesionado, é pela amizade, pelos meus companheiros, meu treinador e por alguns diretores que eu sei, vão brigar por mim. São muitas cobranças e pouco se faz pelo clube, acho que teríamos de ter um respaldo maior. A realidade é essa”, finalizou.

Nova postura para encarar o Funorte

Por José Alves

O torcedor alvirrubro sempre cobrou uma postura ofensiva da equipe dentro de casa. Marcos Birigui era bastante criticado pela sua conduta defensiva.  Com Nenê Belarmino, o Colorado não sofreu muitas alterações na parte tática e continuou jogando bem recuado.

No entanto, no treinamento coletivo de hoje, Nenê mostrou que deve armar a equipe com uma postura bem mais ofensiva do que o torcedor está acostumado a ver. Apesar de escalar a equipe no 3-5-2, o treinador adiantou o posicionamento de todo o time e pediu muito empenho e marcação dos homens de frente na saída de bola do time adversário. Além desse novo posicionamento, as subidas de Bruno Campos e Maurinho foram frequentes e a equipe teve a volta do meia Maradona, que treinou muito bem. Outro que também voltou foi o atacante Cadu. O avante treinou normalmente e, certamente, deve estar na lista dos relacionados.

Curiosamente, os gols do coletivo foram marcados por ambos.  No início, a equipe titular não foi bem mas, aos poucos, foi se acertando e, após pressionar, conseguiu o gol. O goleiro Samuel não conseguiu segurar uma forte cobrança de falta do atacante Marcinho e deu o rebote. Maradona, mostrando oportunismo, não desperdiçou e estufou as redes. Pouco tempo depois, Balduino fez bela jogada e tocou para Cadu deixar tudo igual.

A equipe titular formou com Fernando; Ricardo, Rodrigão e Felipe; Maurinho, Gabriel, Gustavo, Maradona e Bruno Campos; Cristiano Brasília e Marcinho. Se não ocorrer nenhuma baixa, esses deverão ser os onze titulares contra o Funorte, no sábado, ás 16 horas, no Uberabão.

Ao final do treinamento, Maradona disse não sentir mais nenhuma dor e estar pronto para o duelo de sábado. “Acho que hoje, como foi um treino coletivo, eu tinha que forçar um pouco mais pra ver se dava pra ir pro jogo. E, felizmente, fiz todos os movimentos normais de jogo e não senti a lesão. No sábado, espero estar em campo para ajudar os companheiros a conquistar os três pontos”.

Programação. O Uberaba Sport faz amanhã, ás 9h,  o tradicional rachão de véspera de jogo e, em seguida, a comissão técnica divulgará a lista dos relacionados para a partida de sábado, contra o Funorte. Os relacionados seguem direto para a concentração. Meu palpite? Samuel, Éder, Helton, Rômulo, Fabiano Sousa, Hugo Alexandre e Cadu.

Artilheiro e armador podem voltar contra o Funorte

Por JM / Foto: José Alves

A partida contra o Funorte, prevista para este sábado (2), no Uberabão, ganhou ares de decisão para o Uberaba Sport Club. Ao contrário do que muitos esperavam, o time não faz uma boa campanha e agora luta para não ser rebaixado ao Módulo II do Campeonato Mineiro. Uma vitória, no entanto, pode acabar de vez com o pesadelo. Por isso, as voltas do meio-campo Ewerton Maradona e do atacante Cadu, ambos contundidos, é aguardada com muito otimismo pela comissão técnica e pela torcida.

Maradona, que está fora há mais de um mês, não esconde a expectativa de voltar aos gramados. Segundo o jogador, a volta aos treinamentos mais puxados acontece aos poucos, mas, no sábado, ele deve encarar o Formigão. “Tenho a expectativa de enfrentar o Funorte. Mas não adianta voltar sem estar recuperado e me arrebentar de novo. No sábado, porém, eu acredito que vou poder ajudar a equipe”, disse, explicando que a decisão de ficar fora dos confrontos com Democrata e Atlético-MG foi tomada em conjunto entre ele o treinador Nenê Belarmino. “Na sexta-feira (antevéspera do jogo contra o Democrata) eu não estava legal. Ainda assim, eu fiquei correndo para poder ir para o jogo. Mas a dor estava incomodando e eu disse que não dava, pois poderia agravar a lesão. Se eu tivesse ido pro jogo, podia atrapalhar a equipe, inclusive queimando uma substituição”, afirmou Maradona.

Já o atacante Cadu, artilheiro da equipe com quatro gols, ao lado do Marcinho, sofre com uma contratura. Após ser poupado nas partidas anteriores, ontem ele voltou a correr levemente. A intenção, segundo o jogador, é estar pronto para o jogo de sábado. “É o jogo do ano para nós. Não queríamos que fosse nessa condição e sim para estarmos lutando pela classificação. Ainda assim, temos que fazer tudo para buscar a vitória, fazendo valer o nosso mando de campo”, revelou.

Aproveitando para convocar o torcedor, Cadu disse que a vontade de conseguir a vitória é maior em relação ao fato de poder ser o artilheiro do time na competição. “Se eu pudesse abriria os portões e toda a torcida entraria de graça para nos apoiar. Quanto à artilharia, não há vaidade. Se possível, poderíamos vencer por 2×0, com um gol meu e outro do Marcinho”, finalizou.

Programação. Hoje, com a volta do técnico Nenê Belarmino, o time que enfrenta o Funorte começa a ser montado. Já é certo que Balduíno, suspenso, não joga. Por outro lado, o lateral-esquerdo Hélton, ainda permanece no departamento médico. À tarde, no estádio Adroaldo Speridão, Belarmino comanda um treino tático-técnico.

Cadu não abaixa a cabeça e promete mais empenho

Os atacantes Marcinho e Cadu treinam diariamente cobranças de pênaltis. Nos treinamentos, o aproveitamento deles é excepcional, acima da média dos outros jogadores.  Em jogos pela edição 2011 do Campeonato Mineiro, antes do duelo contra o Villa Nova, o Uberaba Sport teve duas penalidades máximas assinaladas ao seu favor: diante do América-T.O. e do Tupi. Nas duas oportunidades, Marcinho bateu com categoria e converteu os pênaltis.

Neste domingo, diante do Villa Nova, no entanto, a história foi diferente. Restando menos de cinco minutos para encerrar a partida, Marcinho foi empurrado pelo zagueiro Bruno Lourenço dentro da área. Convicto, o árbitro Alicio Pena Júnior assinalou a penalidade máxima.

Enquanto o torcedor comemorava a chance de chegar ao empate, Marcinho e Cadu conversavam. No bate-papo, decidiu-se que Cadu seria o responsável pela cobrança. O atacante do USC bateu no canto direito do goleiro Wagner, que fez a defesa. “Estou pronto para bater qualquer pênalti a favor do Uberaba. Desta vez, porém, não fui feliz na cobrança. Mas tenho personalidade e vou trabalhar para melhorar o meu desempenho e ajudar o time. Não vou abaixar a cabeça por isso. O time depende muito de mim. Quero deixar o Uberaba no lugar que ele merece”, disse Cadu.

Mostrando-se solidário ao companheiro de equipe, Marcinho afirmou que não houve qualquer desavença entre os dois. “Eu e o Cadu somos responsáveis pelas cobranças de pênaltis. A gente treina muito bem durante a semana. Não existe vaidade entre nós. Diante do Villa Nova, ele percebeu que estava em um melhor momento no jogo e, por isso, ele decidiu bater. Infelizmente, não conseguimos empatar. E só erra quem tenta. Isso também poderia ter acontecido comigo”, declarou Marcinho.

Por JM